quarta-feira, 1 de junho de 2011

Serra: "Divisão do PSDB só existe no mundo virtual"

Depois de sofrer derrota para o grupo de Aécio Neves na convenção do PSDB no último sábado, José Serra foi ao Twitter negar que haja um racha no partido, segundo o blog Radar Político. “O esmagamento de grupos do PSDB por outros grupos do PSDB só existe no mundo virtual. Se não fosse virtual, seria vitória de Pirro”, escreveu. 

Candidato derrotado à presidência em 2010, Serra teria ambição de candidatar-se de novo nas próximas eleições, o que já gera desconforto entre tucanos, especialmente para Aécio. Serra no entanto, busca dissipar a discórdia antecipada: “Tenho insistido muito nisso: é um erro grave trazer as eventuais disputas de 2014 para 2011. Para a oposição, é o popular ‘tiro no pé’”. Serra completou ainda no Twitter: “Não podemos deixar a mentira e a intriga prosperarem, nos dividirem. Quem faz isso trabalha pelos adversários”.

Lula atua em programa contra a fome de ONG britânica

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da campanha Cresça, da ONG britânica Oxfam,  lançada mundialmente nesta terça-feira.

O ex-presidente gravou um depoimento sobre a questão da fome no mundo. Lula fala sobre a responsabilidade dos governos de garantirem a segurança alimentar de toda a população.

OMS: atenção para relação entre o uso de celulares e o desenvolvimento de câncer

Pela primeira vez desde que estudos começaram a ser feitos, a Organização Mundial da Saúde alertou nesta terça-feira para a existência de uma relação entre o uso de celulares e o desenvolvimento de câncer. A agência agora classifica o uso dos aparelhos na categoria de potencial cancerígeno, a mesma para chumbo e clorofórmio.

Antes do anúncio, a OMS chegou a garantir aos consumidores que nenhum aviso de risco à saúde havia sido estabelecido. Mas uma equipe de 31 cientistas de 14 países tomou a decisão de revisar estudos sobre segurança dos celulares. O grupo descobriu evidências suficientes para classificar a exposição pessoal como "possivelmente cancerígena para humanos".

Isso significa que, até agora, não há pesquisas suficientes para esclarecer se a radiação de celulares é segura, mas há dados o bastante mostrando uma possível relação à qual os consumidores deveriam ficar atentos.

"O maior problema que nós temos é que sabemos que fatores ambientais precisam de décadas de exposição até realmente vermos as consequências", disse à CNN Keith Black, neurologista chefe do Cedars-Sinai Medical Center, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

O tipo de radiação emitida por um celular é chamada não ionizante. Não é como um aparelho de Raio-X, mas se parece mais com um forno microondas de muito baixa potência.

"O que as microondas de radiação fazem, nos termos mais simplistas, é parecido com o que acontece com a comida no microondas, só que com o nosso cérebro. Então, além de poder acarretar o desenvolvimento de tumores, elas poderiam causar uma série de outros efeitos, como danificar a função de memória cognitiva, já que os lobos de memória temporal ficam onde seguramos nossos celulares", completa Black.

A Agência Europeia de Meio Ambiente solicitou a realização de novos estudos, afirmando que os celulares podem ser um risco à saúde pública como a fumaça, amianto e gasolina com chumbo. O coordenador de um instituto de pesquisa sobre câncer na Universidade de Pittsburg enviou um memorando a todos os funcionários pedindo a eles que limitassem o uso de celulares, devido ao risco de desenvolver câncer.

"Quando acompanhamos o desenvolvimento de um câncer", particularmente no cérebro - vemos que isso leva um longo tempo. Acho que é uma boa ideia dar ao público algum tipo de aviso de que muito tempo de exposição à radiação do seu celular pode possivelmente causar câncer - disse Henry Lai, professor pesquisador em bioengenharia da Universidade de Washington, que estuda radiação há 30 anos.

Os resultados do mais amplo estudo realizado internacionalmente sobre telefones celulares e câncer foram publicados em 2010. Eles mostraram que os participantes da pesquisa que usaram o celular por dez anos ou mais tinham o dobro das taxas de glioma cerebral, um tipo tumor. Até agora, não há estudos realizados num grande intervalo de tempo sobre os efeitos do uso do celular entre crianças.

"Os crânios e o couro cabeludo das crianças são mais finos. Então, a radiação pode penetrar mais fundo em seus cérebros, assim como nos de jovens. Suas células estão se dividindo a taxa mais rápida, então o impacto da radiação pode ser muito maior", afirmou Black.

Os produtores de muitos celulares populares já alertam os consumidores para manter seus aparelhos afastados de seus corpos. É o caso do iPhone 4 e do Blackberry Bold.

Da Agência O Globo