quinta-feira, 19 de maio de 2011

Donos de carros alagados pelas chuvas podem solicitar indenização ao seguro

Foto: Reprodução TV Globo


O inverno ainda nem começou, mas o drama de quem tem garagem abaixo do nível da rua já mostrou que é justo temer uma chuva mais forte, como a do começo de maio. Na ocasião, muitos donos de carros foram surpreendidos com os veículos submersos dentro das garagens dos prédios. Mas quem foi prejudicado pode recorrer ao seguro para receber indenização.

Em um prédio no Poço da Panela, seis carros que estavam na garagem ficaram debaixo d´água. Em um edifício em Boa Viagem, ao menos vinte automóveis ficaram submersos no pavimento que os técnicos chamam de semi-enterrado. De acordo com o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), o projeto dos prédios elaborados em Pernambuco prevê chuva forte e as garagens dos edifícios têm um sistema de drenagem adequado para a quantidade de água que cai normalmente no Recife.

Nos últimos anos, foram raros os registros de garagens inundadas, lembra o diretor de Tecnologia do Sinduscon, Serapião Bispo. Ele diz que não está nos planos mudar o sistema existente. “Ele é feito para atender a demanda do dia a dia, incluindo chuvas mais fortes. Nesse caso [que aconteceu no início de maio], é o imprevisível, você realmente não pode prever”, conta.

Na Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana do Recife (Emlurb), o diretor Fernando Melo diz que não se pode atribuir ao sistema de drenagem da cidade o problema nas garagens. “A grande quantidade de água que caiu num determinado espaço de tempo fez com que ruas da cidade tivessem alagamentos. Dessa forma, esses gargalos criados nas ruas fizeram com que a água nos edifícios que são mais baixos ficasse retida. São situações atípicas e casos fortuitos que fugiram do controle de todos”, afirma.

Para quem teve o carro submerso ou teme que isso possa acontecer, existe um consolo: o seguro cobre o prejuízo. Quem fez o seguro do carro com proteção total será indenizado. E poderá receber o valor correspondente a um carro novo no caso de perda total.

Quem tem seguro parcial, de colisão e danos contra terceiros, terá o conserto do carro pago. Mas, se não houver conserto, o prejuízo, de fato, vai existir. É o que informa o presidente do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste, Múcio Novaes, que nunca tinha ouvido falar de um número tão grande de carros boiando como na última enxurrada.

A pessoa que tiver numa situação de um carro afogado deve se dirigir diretamente à seguradora ou ao seu corretor de seguros para iniciar o processo de solicitação da indenização correspondente, isso no caso de contratos de seguro com cláusula de cobertura total. [Quem não fez a cobertura total] vai ter uma indenização pelas perdas parciais e seu veículo será recuperado numa das oficinas integrantes do sistema de atendimento da seguradora”,afirma Múcio Novaes.

Da Redação do pe360graus.com


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