sexta-feira, 27 de maio de 2011

“Vetarei qualquer coisa que prejudique o país”, diz Dilma


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que vai vetar questões polêmicas que constam no texto do Código Florestal. Aprovado em sessão na Câmara dos Deputados na madrugada de ontem (25), o projeto de lei seguirá para votação no Senado.

“Não abrirei mão do compromisso com o Brasil. Temos obrigações diferentes e prerrogativas diferentes. Somos poderes e temos que nos respeitar. Eu tenho prerrogativa do veto. Se eu julgar que qualquer coisa prejudica o país, eu vetarei”, disse ela.

“A Câmara pode derrubar o veto. Você tem ainda a instância judicial. Eu sou a favor da compreensão e entendimento. O governo tem uma posição e espero que a base siga a posição do governo. Não existem dois governos”, completou.

O governo prevê dificuldades para reverter, no Senado, alguns dos pontos que passarm no texto da reforma do Código Florestal na votação da Câmara.

A versão final do texto incluiu uma emenda proposta pelo PMDB que consolida a manutenção de atividades agrícolas nas APPs (áreas de preservação permanente), autoriza os Estados a participarem da regularização ambiental e deixa claro a anistia para os desmates ocorridos até junho de 2008.

Autor da emenda que impôs a derrota ao governo na votação da Câmara, o deputado Paulo Piau (PMDB-MG) afirmou que o veto da presidente Dilma significará que ela está “se curvando aos interesses internacionais sobre a Amazônia”.

Já o relator na Câmara, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), disse ontem que a presidente está “desinformada” ao cogitar o veto à versão aprovada pelos deputados.

No Senado, a ordem é ganhar tempo para que os governistas elaborem um texto favorável ao Planalto, mas que agrade também a ruralistas e ambientalistas.

O governo também decidiu articular a indicação do senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) para relatar o código na Casa.

Ligado à área ambientalista, Rollemberg ficaria com a tarefa de finalizar o texto na Comissão de Meio Ambiente antes de submetê-lo à votação no plenário.

Fonte: Folha.com

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