quarta-feira, 11 de maio de 2011

O Planalto e o descaso


Da maneira que ninguém quer ver. Foi desta forma que o vereador Gualberto contemplou parte do Bairro do Planalto na manhã desta quarta-feira, 11. Um ambiente pouco higiênico, com muito lixo acumulado e sujeira. Um cenário perfeito para contração de doenças. Um descaso só! 

Água poluída que se acumula em poças, onde o Aedes aegypti, mosquito transmissor da Dengue, pode se proliferar com facilidade. Insetos e mais insetos. Saneamento estourado, e um festival de displicência.

ESGOTO A CÉU ABERTO
Segundo estudo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a presença de esgoto a céu aberto é a alteração ambiental que mais afeta a população.

Já que uma imagem fala mais que mil palavras, confira não só uma, mas algumas fotos que foram feitas durante a visita, e tire as suas próprias conclusões.


PESQUISA DA UFPE
Pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) afirmaram depois de pesquisa, que o mosquito transmissor da dengue tem preferência pela água suja para depositar os ovos.
O estudo mostra que 80% das fêmeas do inseto preferem o esgoto à água limpa para a oviposição.


Os testes analisaram a escolha de 100 fêmeas grávidas do mosquito entre água destilada e água de esgoto. Elas foram divididas em cinco grupos de 20 insetos, cada um deles numa gaiola.


Durante 16 horas, os insetos depositaram 4.827 ovos, 80% deles no pote com água de esgoto e apenas 20% procuraram o com água destilada para a oviposição. 


A água poluída tinha em torno de 220 mil Coliformes fecais, que indicam a presença de fezes, comprovando que se tratava de água de esgoto. 


O mesmo procedimento foi adotado com outros nove tipos de água, sempre em comparação com a destilada. Os ovos levaram de cinco a seis horas para eclodir. Os pesquisadores utilizaram mosquitos sem o vírus da dengue.


A experiência foi feita a uma temperatura de 28 graus, com 70% de umidade. A pesquisa também revelou que a água com cloro e a água salgada funcionam como repelentes.


'Isso era conhecido, mas agora tivemos a comprovação científica', diz a coordenadora do estudo, Daniela Navarro, pesquisadora do Depto. de Química Fundamental da UFPE.


O artigo com os resultados do estudo, feito em colaboração com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), saiu no Journal Applied Entomology (http://www.blackwell.de/jen.htm), um dos mais importantes do mundo na área de entomologia, o estudo dos insetos.


'Agora o que se está demonstrando é a preferência pela água suja', explica Daniela. A presença de bactérias no meio, é decisiva para a escolha.


'São os microrganismos que vão alimentar as larvas', justifica. Daniela, que tem mestrado e doutorado na USP, suspeita que a preferência envolva mecanismos visuais, olfativos e táteis dos insetos.

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